Caiador e as Casas

O Caidor e as Casas

história e estórias desde 1697

O Caiador

Nascido em 14 de Março de 1907, durante o Reinado de Carlos I de Portugal, Manuel Afonso Martins adquiriu a propriedade onde já existiam as Casas do Caiador e de Cima, tendo durante o início do Séc. XX procedido à ampliação da primeira, assumindo desde então a volumetria actual.

O Mocinho

"O Mocinho" é a primeira obra da trilogia d'O Caiador de escultura em argamassa com recurso a molde, executadas na segunda metade do Séc. XX. Figuras de inspiração folclórica / religiosa, são exemplo raro da cultura popular, onde materiais e técnicas alternativas permitem o desenvolvimento devido à eximia destreza d'O Caiador nesta arte. A tradição manda que a cada ano que se "abria a porta a Cruz", na Segunda-feira de Páscoa "O Mocinho" tem direito a um fato novo. Assim, a obra assume um carácter dinâmico, mudando de figurino e de aspecto com o passar dos anos.

O carro de bois

Embora tenha sido adquirido anteriormente, foi registado em 4 de Fevereiro de 1960, pela Câmara Municipal de Monção com a matrícula | 3123 | em nome d'O Caiador [Manuel Afonso Martins], como veículo de 2 rodas, tirado por 2 animais de espécie bovina e destinado a transporte de mercadorias, em serviço particular. Não faz serviço há mais de 40 anos, tendo sedo as últimas vacas a puxa-lo a Pisca e a Galharda, mas continua preservado, fazendo parte do nosso espolio. A Galharda e a Pisca

O canastro

No ano em que o Titanic fez a sua primeira e última viagem, 1912, e 3 anos antes de o comboio ter chegado a Monção o canastro era edificado. Durante cerca de uma século, cumpriu a sua função original, a manutenção de seriais secos e protegidos dos animais roedores. Actualmente tem servido para secar lenha para a lareira e para as salamandras.

Os puxadores

É gratificante constatar agora que as preocupações d'O Caiador com a economia de recursos é quase centenária. A reutilização de material de construção, neste caso os conjuntos puxadores / fechaduras / ferrolhos, onde apenas dois se apresentam iguais, foram uma decisão sustentável e agora, também acrescenta uma riqueza plástica notável ao conjunto. No restauro da casa, no fim do século passado, tanto estes como as próprias portas foram preservados.

Os vitrais

O re-uso de pequenos elementos rectangulares de vidro permitia compor os caixilhos sem custos para O Caiador. O isolamento era precário e nos dias de vendaval o ar zimbrava pelas pequenas frestas entre os vidros. Nos anos 90 do século passado, as quase centenárias caixilharias foram substituídas por semelhantes devido ao elevado grau de degradação. Todavia, de forma a manter a traça, optou-se por madeira (em detrimento do alumínio) e manteve-se a cor da madeira, como foram os anteriores nos primórdios. Vários caixilhos originais encontram-se preservados para memória futura.

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